sexta-feira, 30 de julho de 2010

Rita Lee - Agora Só Falta Você



Um belo dia resolvi mudar
E fazer tudo o que eu queria fazer
Me libertei daquela vida vulgar
Que eu levava estando junto à você
E em tudo o que eu faço
Existe um porquê
Eu sei que eu nasci
Sei que eu nasci pra saber


E fui andando sem pensar em mudar
E sem ligar pro que me aconteceu
Um belo dia vou lhe telefonar
Pra lhe dizer que aquele sonho cresceu
No ar que eu respiro
Eu sinto prazer
De ser quem eu sou
De estar onde estou


Agora só falta você
Agora só falta você
Agora só falta você
Agora só falta...

> O Velório


-Oh!! tinha toda uma vida pela frente
- Era tão jovem...
- Sinto muito..
Essas eram as frases que mais se ouvia naquela sala, onde o velório acontecia.
Fazia-se uma retrospectiva de todos os momentos vividos, alegrias, tristezas, brigas, reconciliações, palavras ditas. Tudo estava sendo relembrado e as lágrimas rolavam.
Uma voz murmurou:
- Talvez pudesse ter sido  feito mais alguma coisa!
Todos se calaram, se comunicavam apenas com olhares, eles pensavam a mesma coisa só não tinham coragem de falar.
Chegou o momento mais doloroso, uma multidão partia seguindo aquele velório, algumas pessoas saiam de suas casas e observava a marcha fúnebre e se comoviam com a minha dor. Não era hora de se culpar, talvez nada pudesse mudar aquela situação, foi acontecendo aos poucos, perdendo as forças, lutando para sobreviver, porém aquele golpe foi muito duro, não tinha como se salvar, foi certeiro, cruel! E ele não resistiu.
Quando chegou no cemitério a cova já estava pronta, então o caixão foi descendo, descendo, bem devagar
a última cena, último contato, talvez a última lágrima. Jogaram terra, e em poucos minutos já estava totalmente coberto.
Todos foram embora e eu fiquei ali observando, deixei uma rosa vermelha em cima da tumba, confesso que chorei, foi a primeira vez que tinha ido ao funeral, nunca havia sentido aquilo antes, provavelmente irei em outros, mas esse doeu tanto. Começou a chover era inverno, não poderia ficar mais ali me torturando, então eu disse:
- DESCANSE EM PAZ!
dei as costas e partir, sem querer voltar aquele lugar.
Mas toda vez que passo por perto daquela rua, não tem como, não lembrar dele.